O Bolonha Club fez a resenha do Creed II, um filme de drama e boxe americano dirigido por Steven Caple Jr., escrito por Sylvester Stallone e Juel Taylor que foi lançado em 2018 internacionalmente e 2019 no Brasil. Obviamente uma sequência do primeiro Creed (2015) e oitavo Rocky, este filme é estrelado por Michael B. Jordan, Stallone, Tessa Thompson, Dolph Lundgren, Florian Munteanu, Wood Harris e Phylicia Rashad.
A trama de Creed II começa depois que Adonis, filho do Apollo Creed, ganha o cinturão dos pesos pesados e um promotor ambicioso desenrola uma espécie de revanche entre Adonis e o filho de Ivan Drago, Viktor Drago. Pra quem não sabe, no Rocky IV, Ivan matou Apollo em uma luta de demonstração que aconteceu entre o soviético e o americano 33 anos atrás.
Enfim, este filme foi o assunto do Cine Clube Bolonha de Cinema #11, que contou também com a participação do Emerald, do canal Monk’s:
O vídeo também continuou a partida do game jogado no Cine Clube Bolonha de Cinema 10. Obtenha os links para download e mais informações dos mods jogados aqui.
Em suma, achei bom o filme. As lutas são melhores que a do Creed 1, mas muito aquém das antigas ainda, especialmente do Rocky III e IV, os melhores da série pra mim. Além disto, não achei o combate entre Adonis e Viktor tão titânica quanto a do Rocky vs. Drago, embora tenha sido o suficiente.
Teve teve fan service mas muito sutil, inclusive com pouquíssimos flashbacks, o que é muito atípico nos Rockys. De fato, um espectador atencioso ou que já tenha assistido a série 102730918 vezes como eu e meus irmãos, vai perceber que o Creed II faz uma mistura dos terceiro e quarto filmes da série, com elementos do segundo. Mas não pense que é um remake vagabundo feito pra agradar hipster vereador como o Force Awakens é do A New Hope (Star Wars), pois, além de ser tudo combinado de forma sutil, sem dar na cara que é fan service, ainda é tudo relativamente coerente.
Também gostei da produção, tudo muito bem feito, caracterizando bem os personagens sem cair em insuportáveis dramalhões psicológicos como fazem em muitas séries televisivas contemporâneas. O Rocky parece menos burro do que nos quinto, sexto e sétimo filmes da série, o que deixou o Creed II mais coerente e realista em vários aspectos. Só não gostei muito das musicas, sendo muito aquém das antigas também, mas isto é subjetivo.
Dou 9 a 9,5 de 10 estrelas pro Creed II, considerando os lançamentos dos últimos anos. Tiveram a manha de combinar os elementos do passado, sem desprezá-los, pra fazer algo verdadeiramente novo. Embora não tenha chegado ao grau de excelência dos antigos, no que concerne as lutas e trilha sonora, é um filme certamente nada pretensioso que, independente dos modismos dos blockbusters atuais, entrega qualidade e diversão. Suspeito que, assim como o primeiro, Creed II deve ser o melhor filme que assistirei este ano.
Sinopse
Entre obrigações pessoais e treinamento para a próxima grande luta, Adonis Creed (Michael B. Jordan) encara o desafio de sua vida: enfrentar um perigoso adversário com sangrentos laços com o passado. Com Rocky (Sylvester Stallone) e Tony “Little Duke” Evers (Wood Harris), Adonis terá que voltar ao básico para descobrir o que faz dele um campeão, não apenas uma sombra de um grande lutador como seu pai. Rocky e Adonis também irão confrontar o legado que compartilham, questionar por que vale a pena lutar e descobrir que nada é mais importante que a família.
Trailer
Extra: o vídeo abaixo tem mais trailers e umas cenas cortadas do filme onde o Rocky cai na porrada com o Drago:
http://youtu.be/Xnc_DREeNtg
Ficha técnica
Título: Creed II (2018)
Duração: 130 minutos
Gênero: Drama esportivo
Dirigido por: Steven Caple Jr.
Elenco Principal: Michael B. Jordan, Sylvester Stallone, Tessa Thompson, Wood Harris, Phylicia Rashad e Dolph Lundgren.
Assisti o Halloween 2018 outro dia, um filme que, em curtas linhas, continua a saga de Michael Myers e Laurie Strodes 40 anos depois do original de 1978, ignorando todas outras sequências lançadas entre eles. O elenco conta com Jamie Lee Curtis reprisando o papel de Laurie, John Carpenter (co-criador da franquia) como compositor da trilha sonora, Toby Huss (The Wiz [1]) e Nick Castle (Michael Myers original), como Michael Myers em umas partes.
Posso dizer que o Halloween 2018 é, ao mesmo tempo, um remake, fan service e um slasher padrão, mas sem carregar as mazelas que dão uma má conotação a estes rótulos. É um remake por causa do nome, da atmosfera e estilo, mas não idiotiza o que foi feito e ainda continua a história; é um fan service por ter várias referências em diferentes graus de sutileza, mas não fica forçando saudosismo gratuito pra agradar hipster vereador; e é um slasher padrão que não adicionou nada de muito novo, o que não é algo necessariamente ruim.
O interessante é que isto tudo era meio que o objetivo do Halloween 2018, até onde sei. O filme conseguiu resgatar a essência do original de 1978 (que redefiniu o gênero slasher), e usou os elementos de forma funcional e nada pretensiosa. Tem umas partes meio forçadas e personagens pouco explorados, mas não é nada intrinsecamente incoerente como, por exemplo, Os Últimos Jedi. Tem também umas partes dispensáveis como o drama adolescente, mas o foco nisto não é excessivo.
A atuação de Jamie Lee Curtis foi sensacional, ela virou uma espécie de Sarah Connor num filme de terror (existem vários paralelos com Exterminador do Futuro 2, diga-se de passagem). Outro sujeito que mandou bem, embora pouco explorado, foi Will Patton. Ele representou o gambé que prendeu Myers no original. O genro de Laurie (Toby Huss), foi pessimamente aproveitado, representando um papel muito bobo para quem já foi o The Wiz. Isso aconteceu também com o resto dos personagens masculinos do Halloween 2018, exceto Myers, é claro. Talvez isto tenha sido proposital para forçar o tal “strong female character”, mas nem precisava, pois Curtis já tinha dado conta do recado. Pena é que ela era bem gostosa e agora tá só a muxiba.
Achei o filme bem produzido, a trilha sonora ficou bem original e os gráficos estão bons, só não gostei muito da máscara toda velha. Achei que ficou meio descaracterizado sei lá, embora realmente seria difícil explicar como o item ficaria bem preservado depois de 4 décadas.
Enfim, embora eu tenha gostado mais de outros filmes da série, curti ver o Halloween 2018. Ele não tem nada de muito novo, mas entrega o que promete sem ficar fazendo graça para fanboy. Deve ter sequência, visto que foi um sucesso de bilheterias, mas daí acho que vai ser meio caça-níquel.
Sinopse
Quatro décadas depois de ter escapado do ataque de Michael Myers em uma noite de Halloween, Laurie Strode, perseguida pela memória de ter sua vida por um triz, terá que confrontar o assassino mascarado novamente, mas desta vez, ela está preparada para quando Myers retornar para a cidade de Haddonfield.
Trailer
Ficha técnica
Título: Halloween (2018)
Duração: 106 minutos
Gênero: Terror, Slasher
Dirigido por: David Gordon Green
Escrito por: Jeff Fradley, Danny McBride e David Gordon Green
Elenco Principal: Toby Hoss, Judy Greer, Andi Matichak, Will Patton e Virginia Gardner
Como estamos a seis dias do Natal de 2018, resolvi fazer uma lista de dez filmes ou episódios especiais de séries televisivas de Natal que eu, o Facínora, conheço e sempre gosto de assistir enquanto espero este Dia Santo. É praticamente uma tradição assistir pelo menos alguns destes todos os anos, nesta época.
A lista contém uma breve resenha e a sinopse dos filmes (ou episódios) e, se possível, trailers e links para assisti-los. Note que eu não inclui o famoso It’s a Wonderful Life (1946) pois nunca o assisti, não tenho interesse, e, como diria Al Bundy, it’s a terrible life.
Então, sem mais enrolação, seguem os dez filmes ou especiais de Natal do Facínora:
Rocky IV (1985)
Rocky IV é o melhor da série, na minha opinião, e é também um dos vários que se passa no Natal, tem até aquele robô do Paulie que aparece vestido de Papai Noel quando os moleques estão torcendo e tudo mais. Antes de Rocky virar modinha e todo mundo se declarar fã incondicional do Balboa, o pessoal zuava aquela patriotada cafona do final, mas nunca me importei muito com isso. As cenas de treinamento e de pancadaria são sensacionais e motivacionais até hoje, e isto não é à toa: tem até aquele caso famoso que o Stallone decidiu trocar porrada de verdade pra ficar mais realista e acabou indo parar no hospital com um coladão que ele levou do Dolph Lundgren, que também apagou o Carl Weathers, que ficou putasso e quase pôs em risco o filme. Um ponto negativo do filme é que a trilha sonora é muito boa, mas eles colocaram tanto clipe que quase que Rocky IV vira um musical.
Sinopse do Rocky IV
Apollo morre em uma luta com Drago, um invencível lutador russo. Assim, Rocky decide ir até a União Soviética para enfrentá-lo e vingar o amigo.
O Natal do Charlie Brown não apenas me traz boas memórias da infância (apesar de não ser nascido ainda na época em que foi lançado) e é uma boa programação natalina, como tem o mérito de ter inspirado toda a onda de especiais de Natal devido ao seu sucesso inesperado. Pra mim, o clima fica completo se for a versão MAGA dO Natal do Charlie Brown, a dublada pela equipe que também trabalhou no Chaves, composta de grandes nomes como Marcelo Gastaldi, Carlos Seidl e Sandra Mara Azevedo.
Sinopse do Natal do Charlie Brown (A Charlie Brown Christmas)
Quando Charlie Brown se indaga sobre o sentido materialista que as pessoas dão ao Natal, Lucy sugere que ele se torne o diretor de uma peça teatral. Charlie Brown aceita, mas o que deveria ser uma lição, acaba se tornando uma experiência frustrante. Agora, ele deverá pedir a ajuda de Linus para aprender o verdadeiro sentido desta data.
O Chaves tem uma porção de episódios natalinos e os que compõem Os hóspedes do Senhor Barriga nem são dos mais engraçados, especialmente pela falta do Seu Madruga e do Kiko, no entanto, é um dos que mais lembro se penso no assunto.
Married with Children – You Better Watch Out (1987)
O Married with Children (Um Amor de Família) também tem uma porrada de especiais de Natal, mas, embora eu seja fã desta série, não gosto muito deles, exceto pelo primeiro, exibido a exatos 31 anos atrás (20 de dezembro de 1987) que é puro lulz. Em You Better Watch Out, o Papai Noel cai em cima da casa dos Bundy e morre, e sobra pro Al substituir o Bom Velhinho. Daí, você já viu.
Sinopse do Married with Children – You Better Watch Out
O Natal dos Bundys é abruptamente interrompido quando o Papai Noel do shopping center cai de paraquedas e bate as botas no quintal desta família, fato que atrai toda a garotada da vizinhança.
Garfield: Que Calor (S02E17)
Este episódio do Garfield exibido originalmente no dia 23 de setembro de 1989 nem é exatamente de Natal, pois se passa no meio do ano, quando Garfield, John e Odie decidem decorar a casa para esta data mesmo fora de época e acabam fazendo todo mundo acreditar que já chegou dezembro, até o Papai Noel.
Sinopse do Garfield: Que Calor (Garfield: Heatwave Holiday)
Durante um dia de verão muito quente, Garfield decide pensar de uma maneira mais gelada. Isto eventualmente se torna uma moda na cidade, com todo mundo decorando para o Natal no meio de Julho. Todos estão excitados para celebrar cedo!
Seinfeld – The Race (S06E10)
O Seinfeld tem outros episódios que podem ser considerados de Natal, mas este é o que acho mais engraçado. O Kramer e o Mickey arrumam um trampo de Papai Noel, mas daí aparece um comunista lá que estava marmitando a Elaine e começa a conversar fiado com eles. O Mickey, sendo um anão bom caráter, não deu bola e ainda queria remover o cara fisicamente, mas Kramer, vagabundo inveterado, comeu a resenha que nem bobo e ainda ficou espalhando propaganda comunista pros meninos pequenos no shopping center.
Sinopse do Seinfeld – The Race
Um colega de escola e rival de Jerry o pressiona para finalmente resolverem uma antiga disputa em forma de corrida, enquanto Elaine entra na lista negra de um restaurante chinês.
Máquina Mortífera (1987)
O primeiro filme de Roger Murtaugh e Martin Riggs é também um filme de Natal, por assim dizer. Além de ser um clássico de ação e do gênero “buddy cop” dos anos 80, ainda se passa no fim do ano, com árvores de Natal e outras coisas típicas desta época.
Sinopse do Máquina Mortífera (Lethal Weapon)
Um tira temperamental e atrevido forma uma difícil parceria com um detetive veterano para lutarem contra uma rede de assassinos traficantes de drogas.
Duro de Matar como filme de Natal já é manjado. Todo hipster manezão metido a nerd falando que o Natal só começa depois que o Hans, interpretado pelo finado e talentoso …, cai do edifício e blablablá… Mas, independente disto, ninguém pode negar que Duro de Matar é um puta de Natal. O jeito é esquecer esses perebentos e assistir mesmo assim.
Sinopse do Duro de Matar (Die Hard)
O policial John McClane voa para Los Angeles na véspera de Natal para encontrar-se com sua família. Chegando no prédio da Nakatomi para uma festa com sua esposa, terroristas tomam o lugar e fazem todo mundo de refém. Cabe a McClane, um simples policial, tentar acabar com a ameaça terrorista.
Rocky V, apesar de ser meio o ovelha negra da franquia, ainda é Rocky e, portanto, vale a pena assistir. Como muitos dos filmes do Garanhão Italiano, Rocky V se passa no Natal e, entre uma pancadaria e outra, dá pra ver a decoração no fundo, o que dá uma sensação agradável natalina. Inclusive, tem uma parte que está passando o Férias Frustradas de Natal na televisão, filme que vou falar aqui mais pra frente.
Sinopse do Rocky V
Rocky pode ter vencido a luta contra Drago, mas o embate foi tão brutal que acabou deixando o campeão com uma lesão permanente que o obriga a se afastar permanentemente dos ringues. Assim, Rocky tem que enfrentar um novo desafio quando descobre que seu contador roubou toda a sua fortuna. Agora, sem dinheiro e não podendo voltar a lutar, ele se vê obrigado a retornar para o antigo bairro humilde da Filadélfia onde encontra Tommy Morrison, um promissor pugilista da região. Assumindo a tutela de Tommy, Rocky terá que encarar lutas dentro e fora dos ringues.
Férias Frustradas de Natal é como Chaves, você pode assistir mil vezes que vai dar risada. Este filme começa vários dias antes da véspera, com a família indo buscar o pinheirinho lá na puta que o pariu e termina num caos total no dia 25 de dezembro. Tem cenas de todo o lado materialista desta época: compras, intrigas entre família, o primo folgado, o rango, presentes e tal, e, como a família Griswold é disfuncional como as nossas (em contraste com aquelas famílias perfeitinhas que dominavam a televisão em seriados como The Cosby Show), acaba que a gente se identifica com os personagens (talvez exceto pelo Eddie, porque, né?), algo que também acontece com Married with Children. Uns destaque do filme é a Elaine novinha e (Julie-Louis Dreyfus) e para a parte que tem a bela canção do Ray Charles, “Spirit of Christmas“:
Tem muitos que falam mal do Férias Frustradas de Natal, mas tem uns como eu que sempre assistem várias vezes antes do grande dia e, se eu gosto, é o que importa.
Sinopse do Férias Frustradas de Natal (National Lampoon Christmas Vacation)
No período que precede o dia, Clark Grisworld prometeu ao seu clã que iria curtir “o mais tradicional e divertido Natal de todos os tempos”. Antes que você possa cantar “Noite Feliz”, ele decora as paredes com votos de felicidade perene nas “Férias Frustradas de Natal”. É ver para crer. Há 25 mil luzes no teto, um peru explosivo na mesa de jantar, uma equipe da SWAT cercando o local. Um elenco coadjuvante festivo e um roteiro afiado assinado por John Hughes, cheio de emoção e patetices.
Então, é isso. Se você tiver querendo assistir algo com clima de Natal, vão aí minhas sugestões. Não deixe de comentar compartilhando os filmes natalinos que você curte ou o que achou destes aqui que você já viu.
Se estiver sentindo falta de algo realmente ligado ao significado da data: o Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, realmente, estes trabalhos citados lidam pouco ou nada com isso. Mas a verdade é que quis fazer esta lista mais assim mesmo e não conheço filmes bons que tratam do assunto desta forma. Vou pesquisar e, ano que vem, se Deus quiser, lanço uma nova lista com este caráter. Enquanto isto, não esqueça que, além do Quarto Domingo do Advento, tem que ir à Missa no Natal também, com o preceito podendo ser cumprido na Véspera ou no próprio dia 25.